Entrevista
a Neuza Besugo capitã da selecção nacional sub-16
“
Jovem setubalense tem muitos sonhos por concretizar no mundo do futebol”
Neuza Sofia dos Santos
Besugo, é uma jovem de 16 anos, natural de Setúbal, que começou a jogar futebol
aos 6 anos no clube Os Amarelos, tendo passado pelos vários escalões de
formação até chegar aos infantis de 2º ano. Com aptidões natas para o futebol
Neuza Besugo, na actualidade representa a Escola de Futebol Feminino de
Setúbal, contando já no seu palmarés com seis internacionalizações ao serviço
da selecção nacional portuguesa onde enverga a braçadeira de capitã de equipa.
Uma jovem com muito talento e um futuro promissor à sua frente, que gentilmente
acedeu em dar uma entrevista ao DIÁRIO DA REGIÃO, onde nos dá conta dos seus
sonhos enquanto futebolista.
Como
nasceu o gosto pelo futebol? Onde te iniciaste?
Bem… o gosto do futebol
veio muito cedo. Quando ia para a rua brincar só havia rapazes e como só
jogavam à bola comecei a jogar com eles e daí veio o gosto pelo futebol. Também
veio um pouco do meu pai e do meu irmão que joga futebol, cresci no ambiente
futebolístico. Comecei a jogar futebol a sério aos 6 anos num clube perto da
minha casa chamado "Grupo Desportivo Os Amarelos". O meu percurso foi
o normal comecei nos petizes e com o tempo fui passando de escalão em escalão
até chegar aos infantis de 2º ano e foi aí que tive que abandonar "Os
Amarelos".
Em
que posição jogas? Quais as tuas características de jogadora?
Comecei por jogar a
extremo esquerdo, mas com o tempo tenho feito várias posições como avançada,
média ofensiva, média defensiva. Sou uma jogadora rápida, com boa visão de
jogo, com alguma técnica, porém com estrutura baixa (dificulta o jogo aéreo).
Estreia
esta época no campeonato promoção feminino ao serviço da EFFS?
Treino desde os meus 13
anos na EFFS, esta foi a minha primeira época no futebol sénior feminino. Acho
que correu minimamente bem pois ainda estou numa fase de adaptação. Foi uma
época difícil para a EFFS, nem sempre as coisas correm como esperamos mas
acontece, já estamos a trabalhar para um melhor resultado na próxima época.
Chamada
à selecção nacional sub-16?
Ao serviço da selecção
nacional já conto com 6 internacionalizações. Desde pequena que tinha a sonho
de representar Portugal, é um orgulho enorme poder vestir a camisola da
Selecção Nacional e cantar o hino.
À
semelhança da tua colega de equipa Nadine Cordeiro, envergaste a braçadeira de
capitã da equipa nacional. Qual a sensação?
Ambas fomos capitãs o
que me deixa bastante feliz não só por mim, mas também pela minha colega de
equipa Nadine Cordeiro. Ao envergar a braçadeira de capitã tenho várias
sensações mas as que se distinguem mais é a responsabilidade e a felicidade. Enverguei
a braçadeira de capitã pela primeira vez no início deste mês de Maio no Torneio
Internacional Desenvolvimento UEFA “S16”, disputado em Beja.
Tens
algum ídolo? Até onde gostavas de chegar como futebolista?
Eu não tenho um
"ídolo"… tenho 3 jogadores como referência: o James Rodríguez, João
Moutinho e o meu irmão Miguel Besugo. Tenho muitos sonhos para concretizar no
mundo do futebol, os principais são representar a selecção nacional A feminina
e jogar numa equipa profissional no estrangeiro.
Apoios
e incentivos?
Em termos de apoio, os
meus familiares, amigos, as minhas colegas de equipa são inalcançáveis, todos
me apoiam nos momentos bons e nos menos bons.
Estudos
e Futebol?
Estou no 10º ano a tirar
o curso de técnico de apoio à gestão desportiva, na escola básica ordem de
Sant'Iago. Concílio os estudos com o futebol com algum esforço mas dou o máximo
para desempenhar ambas as funções como o desejado.
Estado
do futebol feminino na nossa região e no país? Que conselhos darias para que
mais raparigas começassem a jogar futebol?
Acho que está a evoluir
mas ainda se nota a falta de jogadoras, falta de formação e de mais equipas
femininas não só seniores como juniores. Já vejo mais meninas a praticar
futebol do que quando comecei, o que é bom, e espero que o número de atletas
continue a aumentar. Experimentem é um desporto como outro qualquer, futebol
não é só para rapazes como dança não é só para raparigas, experimentem quem
sabe ainda podem vir a gostar…
João
Fernandes
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