Breaking News
Loading...
16/07/2014

 Luís Bonifácio, sagrou-se campeão 2013/2014 ao serviço do Fabril do Barreiro
“ Guarda-Redes conquistou o sexto título da sua carreira”

Luís Bonifácio, nasceu no Rosário (Moita) e foi precisamente ao serviço do clube da sua terra o Marítimo Rosarense, que conquistou na época 95/96 o seu primeiro título. A época passada sagrou-se campeão distrital ao serviço do Fabril do Barreiro, alcançando o sexto título da sua carreira, o que faz dele o guarda-redes da distrital da AF de Setúbal com mais títulos conquistados. Aos 37 anos de idade e com 17 de carreira, Luís Bonifácio está de saída do Fabril mas pretende continuar no activo e manter viva a sua paixão pelo futebol. O DIÁRIO DA REGIÃO, foi ao encontro do experiente guarda-redes e aqui fica a entrevista onde o mesmo aborda o passado, o presente e o futuro.
Luís Bonifácio fala-nos dos teus 17 anos de carreira?
Começei a jogar futebol aos 8 anos de idade no Beira Mar Gaiense. De seguida ingressei no Barreirense, clube onde fiz toda a minha formação tendo passado pelos escalões de Iniciados, Juvenis e Juniores, sempre como titular. Na minha primeira época como senior acabei dispensado pelo Barreirense, fui para o Marítimo Rosarense onde estive três épocas, nas quais conquistei o meu primeiro título na época 95/96, quando fomos campeões da 2ª distrital. Seguiram-se o GD Fabril (1 época), o Palmelense (4 épocas), o Estrela Vendas Novas (4 épocas) onde conquistei três títulos: taça Évora, campeão da 1ª distrital e campeão da 3ª nacional, regressando na época 2012/2013 ao Fabril (2 épocas).
Balanço das duas épocas no Fabril? Sabor da conquista de mais um título?
Na primeira época com Conhé não fui opção durante toda a temporada. Na segunda começei como titular e ao fim de dez jogos com a equipa em 1º lugar com cinco pontos de avanço do segundo e sem qualquer explicação por parte do treinador Manuel Correia, fui relegado para o banco de suplentes. Voltei à titularidade na fase decisiva do campeonato no jogo em que vencemos o Amora em casa e demos um passo de gigante para a conquista do título e joguei até ao fim. O balanço acaba por ser positivo pois contribuí para a conquista do título de campeão distrital alcançado pelo Fabril. Numa carreira de 17 anos e já com a conquista de cinco títulos, este foi mais um. Claro que é sempre bom ser campeão, um título é sempre um título mas nada a que eu não estivesse acostumado pois foi o sexto da minha carreira.
Quais os melhores e os piores momentos da tua carreira?
Ao longo de todos estes anos a minha passagem  por Vendas Novas foi a mais marcante, uma cidade onde fui muito bem recebido pelas pessoas e retribuí a minha gratidão com a conquista de três títulos nas quatro épocas que lá estive. Jamais esquecerei quando ali conquistei o título da 3ª divisão e fomos recebidos como uns heróis por toda a cidade, assim como, ficará para sempre guardado na minha memória a conquista da taça da AF Évora, cuja decisão foi através da marca de grandes penalidades, em que marquei o penalty decisivo e defendi cinco grandes penalidades. Outro grande momento foi o meu segundo título com a camisola do M.Rosarense, onde no jogo decisivo frente ao M.Caparica, e depois de estar-mos a vencer por 1 – 0, consegui com grandes intervenções que o resultado se mantivesse até ao final e nos desse o título de campeões. Nos piores momentos destaco um momento de aflição quando jogava na 2ª divisão nacional no Vendas Novas, em que por pouco não vi a minha perna ser amputada, a frustração sentida por uma não subida à 3ª divisão em que terminámos o campeonato com os mesmos pontos do campeão e a minha chegada ao Fabril em que pela primeira vez na minha carreira não fui opção durante toda a época
Olhando para trás pensas que poderias ter chegado mais longe?
Penso que poderia ter atingido um nível mais elevado mas nunca fui profissional a 100%, tendo sempre conciliado o futebol com o trabalho. Estive sempre em clubes que lutavam pela subida e só por uma vez me senti tentado a arriscar como profissional num clube (Nacional da Madeira).
Quais os requisitos para se ser um bom guarda-redes?
Na minha opinião um guarda-redes antes de mais tem que ter capacidade de liderança na sua posição corrigindo os erros dos defesas (posicionamento/marcação), um guarda-redes forte fora dos postes e a saber jogar bem com os pés. As minhas qualidades técnicas passam por ser forte nos cruzamentos. Para mim a nível nacional o Rui Patrício é o melhor e a nível internacional aponto o Manuel Neuer(g.redes do Bayern e da selecção alemã), como o melhor do mundo.
O Luís Bonifácio está de saída do Fabril? È o ponto final na carreira?
Apercebi-me antes da época terminar que não fazia parte dos planos do treinador para a próxima época, pois Manuel Correia não apreciava a experiência dos mais velhos, o meu caso e o do Paulo Catarino. Eu sentia que tinha condições para efectuar mais uma época ao meu nível, mas respeito a decisão do treinador. Não me considero acabado para o futebol, penso continuar a jogar e que a minha experiência de 17 anos a defender as balizas poderá ser útil a algum clube que tenha pretensões de lutar por algum título. Gostava de conquistar o meu sétimo título, Quando não me sentir em condições físicas e psicológicas serei o primeiro a pendurar as luvas.
Futuro?
Quando pendurar as luvas quero ficar ligado ao futebol como treinador de guarda-redes e transmitir aos mais novos a minha experiência destes anos todos no futebol. Para já vou-me iniciar no Playhouse(Jardia) onde serei o treinador de guarda-redes dos escalões de infantis, escolinhas e iniciados.
Que conselhos darias aos mais jovens?
Para todos aqueles que pretendem seguir a posição de guarda-redes no futebol, quero lhes dizer que trabalhem muito e acreditem nas suas potencialidades. Com trabalho e dedicação podem chegar lá...

JOÃO FERNANDES



0 comentários:

Enviar um comentário