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12/09/2012


FUTEBOL Presidente do Olímpico, Carlos Dias, analisa situação do clube
‘Tudo faremos para que o Olímpico do Montijo não morra ainda”

A direcção do Olímpico do Montijo, presidida por Carlos Dias, encontra-se no segundo ano de mandato. Em entrevista ao DIÁRIO DA REGIÃO, Carlos Dias faz um balanço do primeiro ano à frente dos destinos do clube e fala das dificuldades económicas com que o elenco directivo se depara. O futebol de formação do Olímpico esteve em destaque na época anterior, conseguindo ser campeão distrital de Iniciados, enquanto os Juniores ficaram em 2º lugar, subindo ao nacional da 2ª divisão. Já o futebol sénior viveu piores dias e Carlos Dias explica a descida do Olímpico da 3ª divisão nacional de futebol aos distritais: “A equipa não correspondeu às nossas expectativas no aspecto desportivo, no aspecto económico/financeiro. A direcção tinha imensas dificuldades em manter o clube nessa divisão, o que tornava impossível a viabilidade do clube”. Além disso, adianta que “foi um mal necessário, pois, caso conseguíssemos a manutenção, não teríamos, esta época, qualquer hipótese de subida e desceríamos ao distrital, face ao novo modelo implantado, em que apenas sobem duas equipas, com as restantes a descerem”. Para a nova época desportiva, as dificuldades de sobrevivência do clube são cada vez maiores, tal como refere o mesmo. “Ao contrário dos outros anos, face à crise que o país atravessa, não vamos poder contar com qualquer apoio financeiro da autarquia para inscrições dos atletas nos vários escalões. Inclusivamente tive a notícia de que o pagamento do gás para os banhos das várias equipas, orçado em 5 mil euros anuais, também sofreu um corte”. Ainda de acordo com Carlos Dias, “quando iniciámos o segundo ano do mandato, nunca me passou pela cabeça que a autarquia nos retirasse o subsídio financeiro, que nos cortasse o fornecimento do gás, e que não pudéssemos fazer outras obras e melhoramentos que o Campo da Liberdade necessita. Se isso nos fosse dito antes de iniciarmos a preparação desta época desportiva, certamente que eu teria posto o meu lugar à disposição. Não quero, com isto dizer, que esteja em litígio com a Câmara Municipal do Montijo, até porque compreendemos a situação que a mesma vive, e tenho a certeza absoluta que a senhora presidente só não nos dá alguns subsídios, porque não tem condições para o fazer”. Apesar de compreender os problemas de contenção de despesas das autarquias, Carlos Dias não tem dúvidas em afirmar que “ apesar da crise, é obrigação do Estado, representado pelos seus vários orgãos, criar condições para que todos os jovens pratiquem o desporto que entenderem, afastando-os dos maus caminhos da sociedade (drogas etc.). Responsabilizo os poderes instituídos por qualquer coisa de mal que os nossos jovens desportistas venham a prosseguir”. Numa análise à situação difícil em que os clubes se encontram, Carlos Dias afirma que essa “ é reflexo do que se passa a nível do país, e em particular do futebol distrital, em que, no caso do Olímpico do Montijo, serão necessários 10 mil euros para inscrições e inspecções médicas dos atletas, fora as taxas de jogo, policiamento e outras coisas mais. Apesar disto tudo, além de nos sentirmos “escravos” da conjuntura actual (não fomos nós que a criámos), e porque não devemos ser nós, direcção, a proporcionar a prática desportiva aos jovens, mas sim o Estado (autarquia), tudo faremos para que o Olímpico do Montijo, além de ser um clube jovem, não morra ainda, mas no entanto, milagres não existem nesta área. E se as contenções continuarem, eu, como presidente do clube, e penso que em nome de todos os meus colegas de direcção, não vejo outra alternativa que não seja a marcação de uma assembleia geral extraordinária para tomadas de decisão, onde perspectivo o que possa acontecer”. Para esta época desportiva, o orçamento mensal para a equipa de seniores que disputará o campeonato distrital de futebol da A.F. Setúbal, será uma verba ínfima mensal. Carlos Dias diz que “ O Olímpico não é candidato à subida de divisão, mas é candidato a ficar em primeiro lugar”. Já quanto à presença dos Iniciados e dos Juniores nos nacionais, há a mesma ambição: “ Vai acarretar despesas grandes com as constantes deslocações ao Alentejo e Algarve, mas desportivamente vamos lutar sempre, pelos melhores lugares possíveis”.

João Fernandes In DIÁRIO DA REGIÃO







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