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17/06/2011


Entrevista a Mousinho Mosse treinador do Quintajense na época 2010/2011

Natural de Moçambique Mousinho Mosse de 47 anos de idade, foi uma figura conhecida enquanto jogador de futebol, tendo representado vários clubes ao longo da sua carreira: Seixal, Montijo, Alcochetense, Vendas Novas, Palmelense, Luso do Barreiro, e terminando a sua carreira no Quintajense. Após ter arrumado as chuteiras ficou ligado ao futebol como treinador, possuindo o curso de nível II. Começou por treinar os juniores do Fabril, depois foi treinar os escalões de formação do 1º Maio Sarilhense, onde acumulou com as funções de treinador adjunto dos seniores, e a época que agora findou assumiu o desafio de ir treinar os seniores do Quintajense que regressava aos distritais no escalão de seniores após 2 anos de paragem, sendotambém o treinador dos Benjamins do clube. Fomos ao encontro de Mousinho Mosse que gentilmente nos concedeu esta entrevista, onde aborda aquilo que foi a época desportiva do Quintajense no campeonato distrital de futebol da 2ª divisão:
SportSetúbal – Como surgiu a oportunidade de ires treinar o Quintajense?
Mousinho Mosse – A minha carreira de jogador acabou no Quintajense. Na altura ainda enquanto jogador fui convidado para treinar os juniores do clube. Dada a boa imagem que deixei no Quintajense, e o conhecimento dos dirigentes no meu trabalho nos escalões de formação do 1º Maio Sarilhense, o convite para treinar o clube neste seu regresso à competição, surgiu com alguma naturalidade.
Sport – Como foi preparada a época? Plantel?
MM – Era um regresso, logo tínhamos que começar do zero no que toca à constituição do plantel. Boas infra estruturas tinha o clube. Metade do plantel foi então constituído com base em treinos de captações que fizemos, a outra metade foram jogadores indicados por mim, e dos quais eu conhecia o seu valor.
Sport- Formado o plantel, quais eram as expectativas para o campeonato?
MM – A direcção pediu-me para a equipa ficar nos 5 primeiros lugares, eu acreditei que isso era perfeitamente possível, dado o valor do plantel que tinha à minha disposição, e que me dava à partida todas as garantias para fazer melhor do que aquilo que nos tinha sido pedido. Mas não tinha certezas absolutas quanto ao que a equipa podia fazer no campeonato da 2ª distrital, eu próprio não tinha grande conhecimento desta divisão.
Sport- Como foi a 1ª volta do campeonato?
MM – Entrámos bem, indo vencer a Alcácer do Sal o Alcacerense equipa que acabou por subir. A pré-época tinha sido excelente com muitos jogos frente a equipas da 1ª divisão distrital, e com bons resultados. A partir da 3ª jornada ficámos sem 2 jogadores que eram peças chaves, com a equipa a ressentir-se da falta deles, com os resultados que nós queríamos ou seja, as vitórias a não acontecerem. Tudo viria a complicar-se ainda mais com a morte num acidente de viação após um treino do nosso jogador Ruben Lopes. A equipa foi abaixo psicologicamente e sofremos 3 derrotas consecutivas que fizeram com que nos afastassemos dos primeiros lugares da classificação.
Sport – Reforços de Inverno?
MM- A saída de alguns jogadores foi colmatada com outros de grande valor, casos de Jardel e Wilson do Barreirense, Ruben do C. Indústria e Galamba do M. Rosarense.
Sport – Terminada a 1ª volta o Quintajense ocupava a 7ª posição?
MM – Com a entrada destes reforços, e o maior conhecimento meu do plantel, fizemos os reajustamentos necessários e os resultados começaram a aparecer. Fizemos uma boa 2ª volta com 9 vitórias, 3 empates, e apenas uma derrota. Terminámos o campeonato no 4º lugar.
Sport – Que balanço fazes da época? Melhor e o pior?
MM – Para uma equipa recém formada, e para os problemas que tivemos a meio da época, acabar em 4º depois de uma recuperação notável, não nos satisfaz como é lógico,pois ficamos com a sensação que podíamos ir mais longe. Pela positiva destaco a organização do Quintajense, e as infra estruturas acima a média que o clube tem. A nível de plantel destaco o excelente grupo de trabalho que tive à minha disposição, eles foram espectaculares. Quero destacar também os 20 golos de Jardel que chegou ao clube em Novembro e esteve 3 jogos sem jogar por castigo. Terminámos em 4º lugar o campeonato e chegámos aos ¼ final da taça da Associação Futebol Setúbal, onde fomos eliminados pelo Vasco da Gama de Sines. No cômputo geral penso que o balanço é positivo. Quero dar uma palavra de agradecimento ao apoio que a direcção nos deu, e à massa associativa que sempre esteve com a equipa.
Sport – Quais foram as melhores equipas deste campeonato?
M – Pela qualidade do seu futebol o Alcacerense sem dúvida alguma, e o Quintajense. O Paio Pires mereceu o título de campeão pois foi a equipa mais regular ao longo de todo o campeonato, e também teve alguma pontinha de sorte.
Sport – Quanto ao teu futuro e do futebol senior do Quintajense?
MM – Existem algumas situações para resolver a nível interno do clube. Há vontade da direcção em continuar com o futebol sénior, se houver condições para tal, devido à crise económica que o país atravessa e que tem reflexos lógicos nos clubes. Se forem criadas essas condições, serei com toda a honra o treinador do Quintajense, clube onde me sinto bem, e que me dá todas as condições para eu fazer um bom trabalho.

João Fernandes
sportsetubal@gmail.com

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