Rugby – RV Moita prepara época 2011/2012 que inicia em Outubro
“ Valter Rodrigues o presidente mostra-se ambicioso”
O Rugby Vila da Moita foi fundado em 2007, um projecto antigo de um conjunto de jovens da Vila da Moita que tinham o Rugby como a sua modalidade de eleição, e que representavam vários clubes do país. Valter Rodrigues foi um dos pioneiros desse projecto de a Vila da Moita ter uma equipa de Rugby, sendo desde o ano da fundação do clube, presidente da direcção. Ao DIÁRIO DA REGIÃO concedeu uma entrevista onde faz uma retrospectiva do passado, aborda o presente, e perspectiva o futuro do Rugby Vila da Moita.
Diário da Região – Do sonho à realidade, fale-nos do RV Moita?
Valter Rodrigues – O projecto RV Moita tinha sido pensado uns 30 anos atrás, por mim e por um grupo de amigos na altura todos praticantes de Rugby. Apesar dos nossos desejos de fundar-mos um clube, dada a nossa juventude e inexperiência na altura, nunca nos foi possível concretizar esse sonho.
DR – Como e quando acabaram por concretizar esse vosso sonho, e quais as dificuldades que tiveram?
VR – Em 2007 com a participação da Selecção Portuguesa no Campeonato do Mundo realizado em França, houve um “boom” de interesse pela modalidade a nível nacional, onde o concelho da Moita não foi excepção, com vários miúdos a virem ter connosco que éramos praticantes, questionando-nos da hipótese de criar um clube de Rugby. Já “maduros” com outro traquejo, sentimos que havia pernas para andar com o projecto que tínhamos idealizado à muitos anos atrás. Uma das condições impostas pela FP Rugby e pelo Instituto do Desporto de Portugal para a formação de um clube, era a existência de um campo relvado, das várias hipóteses que surgiram o Beira Mar Gaiense mostrou-se disponível ao nosso projecto e firmámos um protocolo com as contrapartidas de arrelvar-mos o Campo do Gaio, e dotar-mos o clube de mais e melhores infra-estruturas.
DR – Mas o começo da realidade do Rugby Vila da Moita não foi fácil?
VR – Iniciámos a competição em 2007 com os escalões de Sub-8, Sub-10, Sub-16, Seniores e equipa feminina, num total de mais de 100 atletas. Com as obras de arrelvamento do campo, tinha-mos que alugar campos em Lisboa para disputar-mos os jogos dos nossos vários escalões. Inaugurá-mos o relvado na época de 2008/2009.
DR – Como é o RV Moita na actualidade?
VR – Continuamos a ter todos os escalões, com 147 jogadores repartidos por todos eles. Em relação ás infra estruturas evoluímos bastante, foi edificado um restaurante bar no campo para proporcionar o convívio entre toda a família do Rugby, criámos uma sala da direcção e uma sala onde funciona a secretaria, um ginásio de manutenção dos atletas, comprámos um autocarro e uma carrinha de 9 lugares para o transporte dos atletas, tencionamos fazer um outro campo relvado contíguo ao campo principal que servirá para a formação, vamos remodelar os balneários, e a nossa mais recente infra estrutura é o arrendamento de um espaço no centro da Moita, que servirá de apoio e convívio para atletas e sócios do Beira Mar Gaiense.
DR - Relações com outras entidades?
VR – Temos uma óptima relação com a junta de freguesia da Moita e com a Câmara Municipal da Moita, que nos têm ajudado na medida das suas possibilidades. Excelentes e cordiais relações com a Associação de Rugby do Sul e com a Federação Portuguesa de Rugby, organismos que já várias vezes escolheram o RVM para aqui realizarem estágios.. Já tivemos aqui no nosso campo a final da Taça de Portugal feminina entre o Benfica e o CDUP.
DR – Como o RV Moita em tempos de crise consegue evoluir?
VR – A nível financeiro o RVM é gerido como uma pequena empresa, todos os atletas são sócios do clube, e para além disso pagam uma mensalidade que ajuda a pagar as suas próprias despesas. As outras despesas logísticas e infra estruturas, são suportadas por algumas empresas de gente amiga não só financeiramente, como também através da cedência de materiais para fazer-mos as obras. Também a título pessoal temos amigos que nos ajudam financeiramente.
DR - Expectativas para a época 2011/2012?
VR – Vamos elevar as nossas ambições. Fizemos um protocolo com o Técnico da Divisão de Honra, que passa pela colocação de jogadores desse clube nos nossos escalões, daí que a nível de Seniores onde participaremos no Campeonato Nacional da 2ª Divisão, ambicionemos ficar nos cinco primeiros lugares. Também a nível técnico vamos ter a colaboração dos profissionais estrangeiros do clube lisboeta. Como vem sendo hábito nas últimas épocas, queremos ter atletas nossos a representarem as cores nacionais.
João Fernandes In DIÁRIO DA REGIÃO 16/9/011
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