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31/05/2012


Futebol Feminino – Distrito de Setúbal tem uma jogadora internacional
“ Filipa Galvão é figura de destaque no campeonissímo 1º Dezembro”

Ficha Biográfica

Nome – Filipa Sofia Pedro Galvão
Data Nascimento – 17/1/1988 (24 anos)
Naturalidade – Moita
Escolaridade – Frequenta o Curso de Educação Física e Desporto Escolar na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Hobbyes – Futebol
Qualidade – Boa amiga
Defeito – Teimosia
Férias de Sonho – Muitas. Indonésia, Brasil…
Clubes
Cidade Sol (Futsal) – 2003 /2004
Vitória de Setubal - 2004/2005 a 2005/2006
Uniao Desportiva Ponte Frielas – 2006/2007a 2008/2009
Sociedade Uniao 1º Dezembro – Desde a época 2009/2010
Palmarés
- Venceu 3 Campeonatos de Portugal
- Venceu 3 Taças de Portugal
- 34 Internacionalizações

Desde tenra idade que acompanhava o pai, Luís Filipe, nos treinos quando este era jogador profissional (jogou, ente outros, no Belenenses, Farense, Barreirense), e foi por influência deste, que aos 15 anos começou a jogar futebol. Nos dias de hoje, Filipa Galvão, é uma das estrelas da equipa campeã nacional, 1º Dezembro, onde nas 3 épocas que leva ao serviço da equipa de Sintra, ainda não conheceu o sabor amargo da derrota. Nesta época 2011/2012, ela e a sua equipa, conseguiram uma vez mais a dobradinha, Campeonato e Taça de Portugal. O DIÁRIO DA REGIÃO foi ao encontro da jovem “craque”, internacional portuguesa, que nos concedeu a seguinte entrevista:

Como chegaste ao 1º Dezembro, a melhor equipa de futebol feminino em Portugal?
Recebi um convite feito pela secção de futebol feminino do 1º Dezembro (na altura representava o União Desportiva de Frielas), convite que me deixou muito feliz, visto ser a melhor equipa portuguesa, e a equipa com mais titulos, como se pode verificar pelo seu palmarés com 12 campeonatos, 11 deles consecutivos (série actual), e 7 taças de Portugal. Deu-me também a oportunidade de participar na Women's Champions League , onde me estreei frente ao Cardiff (País de Gales), ganhámos 3-0 e marquei um golo.

Quais são as tuas características como jogadora? Pontos fortes/Pontos fracos?
Jogo a médio ofensivo, e sou grande apreciadora de Pablo Aimar. Sou uma jogadora que gosto de ter a bola, tenho boa qualidade de passe curto e longo, e um remate forte e colocado, um dos meus pontos fortes são também as bolas paradas. Costumo ter uma boa média de golos por época, e esta última correu-me muito bem nesse aspecto ,pois fui a melhor marcadora do 1º Dezembro, e a jogadora com mais assistências para golo.

Qual o segredo dos êxitos do 1º Dezembro? Por onde passa a vossa ambição?
Os treinos são sempre encarados de forma séria, e vistos como uma fase muito importante da nossa preparação para os jogos,mesmo sendo amadoras, todas nós no 1º Dezembro, levamos o futebol com uma enorme responsabilidade, e raramente existem faltas aos treinos. Os jogos são encarados da mesma forma, sempre para ganhar, e é esse o nosso segredo;  muita entreajuda, muito querer, muita ambição ,e temos conseguido sempre alcançar os nossos objectivos. A nossa ambição passa por seguir em frente pela primeira vez na fase de grupos da Women’s Champion’s League, que se tudo correr bem poderá realizar-se em Portugal no mês de Agosto. Continuar a ganhar no próximo ano tudo o que houver para ganhar a nível interno (campeonato nacional e taça de Portugal), e a nível pessoal voltar à selecçao nacional.

Quais as principais diferenças entre o futebol feminino, e o futebol masculino? Existem boas praticantes em Portugal?
No futebol feminino o jogo é mais técnico e menos físico, no decorrer do jogo as mulheres não se fazem tanto as faltas como os homens, sendo este mais corrido, e existindo poucas faltas. Sim temos excelentes praticantes, a nível de técnica as nossas jogadoras são muito boas, as diferenças que ressaltam mais quando jogamos contra equipas estrangeiras, são ao nível do físico, visto por exemplo na Women’s Champions League a maioria das equipas, para não dizer todas, são profissionais ou semi.profissionais. Em Portugal só agora o futebol feminino começa a ter uma maior visibilidade.

O que sentiste quando envergaste pela primeira vez a camisola das quinas? Qual o sabor da conquista de mais uma Taça de Portugal?
A minha primeira internacionalização foi no escalão Sub-19, no dia 6/9/2004 no Dixon Park em Ballyclare, diante da Irlanda do Norte,tenho cerca de 34, não sei ao certo. Já foi à algum tempo, mas recordo-me que fiquei bastante contente, e foi uma sensação indiscritível representar o meu país pela primeira vez, foi uma mistura de bons sentimentos, uma óptima sensação. Quanto à Taça de Portugal, foi a terceira vez que a conquistei, mas esta teve um sabor especial pelo facto de no ano passado terem saído cerca de 10 a 12 jogadoras da nossa equipa, e muitas pessoas duvidarem que este ano iriamos conseguir de novo, e mesmo com um plantel mais curto que o habitual, vencemos tudo o que havia para vencer em Portugal (campeonato e taça), e com o recorde de este ano ser o único, em que o 1º Dezembro não perdeu qualquer jogo em nenhuma competição em que esteve inserido.

Aceitarias uma proposta para jogares noutro campeonato, noutro país?
Já podia ter saído, mas é complicado. O futebol Feminino não é muito compensatório a nível monetário, e ao sairmos mesmo conseguindo viver do futebol, não nos dá garantias de nada no futuro. Se sair, será por simplesmente viver uma experiência nova durante 1 ou 2 anos, ou conseguir conciliar o futebol com o curso ou emprego na área da minha licenciatura como acontece em Portugal.

Tem sido fácil conciliares o futebol com os estudos?
É complicado, mas com esforço, vontade e dedicação tudo se consegue. O meu dia a dia é algo cansativo porque saio de casa na Moita, ás sete da manhã em direcção à faculdade em Lisboa, e quando acabo as aulas tenho de ficar por lá, porque ás 21.15 treino em Sintra, só volto a casa por volta da meia noite. Mas é nesse tempo livre que tenho quando acabo as aulas, até à hora do treino, que costumo ficar na faculdade a estudar ou a fazer trabalhos, tenho de aproveitar todo o tempo para conseguir conciliar as duas coisas.

Gostavas de ver mais raparigas a jogar futebol? Que mensagem de incentivo queres deixar?
Claro que gostava, tanto aqui no distrito de Setúbal, como no país todo, era sinal que a modalidade estava a evoluir, e que havia cada vez mais raparigas a aderir a este desporto. A minha mensagem é que nao desistam á primeira contrariedade, que sejam persistentes, e que lutem sempre para conseguir alcançar todos os vossos objectivos, e essencialemente, que se divirtam a jogar futebol...

João Fernandes


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